domingo, 17 de janeiro de 2010

O alegre candidato

Todos os países têm, na respectiva cena politica, aquele personagem simpático, bonacheirão e de discurso fácil. Conseguem agradar a gregos e troianos pois usam uma linguagem do povo e colocam-se sempre contra algo que esteja no poder.
Em Portugal também temos um. Chama-se Manuel Alegre.
Alegre é poeta, politico, foi deputado, candidato derrotado a líder do PS, candidato derrotado ás eleições presidenciais, comentador politico. Não sei se foi candidato á JS, á associação de estudantes de Coimbra ou á tuna.
Alegre usa aquele ar sisudo para inspirar seriedade.
A expressão de quem está cheio depois de comer um cozido á Portuguesa, cai bem em parte da sociedade portuguesa.
Alegre fala um pouco de tudo, tal como o Nuno Rogeiro. É bonito. O povo gosta.
Alegre é poeta. O povo gosta. É romântico.
Alegre fala contra o poder. O povo aplaude.
Só que Alegre está do lado do poder. O povo já não se lembra.
Alegre é novamente candidato a qualquer coisa. Presidente da República.
E fez um jantar para reunir apoios (leia-se fundos).
Nesse jantar estiveram presentes alguns daqueles que Alegre critica e aponta de ditadores dentro do seu próprio partido.
Alegre critica, distancia-se, aproxima-se da esquerda "maquilhada" mas quando precisa telefona aos queridos inimigos para que apareçam.
Faz lembrar os filhos que saem de casa dos pais mas que voltam sempre que precisam de dinheiro.
Ao seu partido dá jeito ter alguém que distraia os Portugueses da realidade do país.
Mas o povo perdoa.
Deve ser do ar bonacheirão, da barba e do cozido á Portuguesa.

1 comentário:

  1. Eu gostaria de saber se o Sr Manuel Alegre tem a certeza do que vai fazer, pois cheira-me que lhe vai acontecer o mesmo que aconteceu ao avô cantigas Mario soares,parece que agora em vez de 1 temos 2!!

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